14 novembro 2007

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20 outubro 2007

EPISTEMOLOGIA AMBIENTAL
enrique leff, cortez 2001

..."Para além do campo ambiental, esta postura está em consonância com um projeto social alternativo que anseia por uma revolução epistemológica ou, ainda, poderíamos dizer uma reconstrução do mundo. Contra um cenário anti-utópico e desagregador dos laços societários, a epistemologia ambiental aposta em uma nova utopia societária e epistêmica, capaz de ressemantizar os sentidos do viver e do agir político."

De acordo com texto da antropóloga Lucia Helena de Oliveira Cunha, transcrito na revista Desenvolvimento e Meio Ambiente jul/dez 2001, editora Ufpr, "a leitura de Epistemologia Ambiental, de Enrique Leff, convida-nos a várias reflexões, diante da riqueza e densidade de questões que o autor aborda, neste contexto de crise socioambiental que marca as sociedades contemporâneas.
Tais questões abrangem desde a articulação entre os distintos campos do conhecimento para apreensão da dinâmica sociedade-natureza, o processo de transformação do conhecimento até a construção do saber e da complexidade ambiental e o significado de uma nova racionalidade ambiental.
Parece perpassar esses temas, no entanto, a preocupação constante do autor em proceder à desconstrução do pensamento unitário, disciplinar, instrumental e reducionista que rege a lógica ocidental dominante – com nítidos reflexos no pensamento científico e filosófico –, em especial na forma de conceber o mundo natural e social.
Propondo-se romper com perspectivas lineares, fragmentárias, coisificadoras e unidimensionais, calcadas em estruturas totalitárias, Leff preconiza um novo modelo de conhecimento, no qual a razão aberta, crítica e criativa, livre de certezas insustentáveis, faz-se presente. Transpondo a ambientalização do conhecimento – que apenas toma o ambiental uma dimensão do real –, o autor assinala a importância da construção de um saber ambiental amplo, comprometido não somente com as formas de objetivação do ser (e do conhecer), mas com a apropriação subjetiva da realidade, imprimindo novos sentidos civilizatórios ao mundo –, com o forjar de novas teorias, ideologias e utopias (novas ações sociais), para a reapropriação da natureza e novos relacionamentos entre os homens.
A preocupação de Leff no campo epistêmico é rediscutir os nexos entre realidade e conhecimento, entre teoria e práxis, entre objetividade e subjetividade, entre ser e conhecer, entre saber formal e saberes patrimoniais, rompendo com as dicotomias tão características da ciência moderna dominante; no plano político, a proposta do autor é a de integrar esses pares aparentemente opostos, excludentes, em saberes geradores de uma nova utopia, de novas solidariedades e sentidos – de uma ordem social e ambiental. Dessa perspectiva, esse processo implica “a aventura na construção de novos sentidos do ser”, onde o inédito tem lugar.
Devido à amplitude e multiplicidade de questões abrangidas em Epistemologia ambiental, fixo-me, aqui, em uma das proposições do autor que julgo revolucionária, do ponto de vista do conhecimento e da ação social: a idéia de que a construção de novos paradigmas envolve um amplo diálogo entre tradição e modernidade, ou seja, toma-se como pressuposto que uma nova relação entre o homem e a natureza, num intercruzamento entre várias temporalidades,
implica um olhar sábio e simultâneo para frente e para trás.
Ou, em outros termos, em seu projeto teórico-político, o autor propõe a busca de novas trilhas no fluxo da história, onde a tradição possa ser ressignificada. No plano epistêmico, isso requer um esforço de ruptura não somente com os abismos historicamente produzidos entre as distintas áreas do conhecimento (sem com isso implicar dissolução das áreas constituídas), mas um diálogo fecundo com outras expressões do saber e cosmovisões, tecidas ao longo do tempo para a produção e recriação da vida em sua diversidade e múltiplas dimensões.
A originalidade da proposta de Leff está em reconhecer o valor e o estatuto de saberes milenares ou seculares na construção de um novo modelo de conhecimento, propondo uma dialogia com os sujeitos e a ciência da tradição ou com saberes organizados pela cultura – num movimento contínuo de atualização e renovação –, em que há convivênvia e confluência entre modos de vida, com expressões identitárias compartidas. Nesses termos, e acentuando a dimensão política de seu projeto, assim afirma o autor:

...o diálogo de saberes na gestão ambiental, num regime democrático, implica a participação das pessoas no processo de produção de suas condições de existência. Por isso é o encontro entre a vida e o conhecimento, a confluência de identidades e saberes. A encruzilhada pela sustentabilidade é uma disputa pela natureza e uma controvérsia pelos sentidos alternativos do desenvolvimento sustentável. Isso faz com que a sustentabilidade tenha como condição iniludível a participação de atores locais, de sociedades rurais e comunidades indígenas, a partir de suas culturas, seus saberes e suas identidades.

O caráter inovador da proposta de Leff repousa, pois, no fato de ultrapassar a perspectiva academicista, disciplinar e auto-referente da ciência moderna, que elege a si própria como forma única, superior e absoluta do conhecimento – a medida de todas as coisas –, negando ou ossificando outras expressões culturais do saber, dotadas de lógicas distintas. É nesse sentido que o diálogo entre saberes deve abranger o entrelaçamento ou complementaridade de prismas diferenciados, assim como o elo entre tempos, no qual saberes seculares e milenares imbuídos de pensamento cosmogônico e histórico permitam num intercâmbio com outros saberes e identidades, novas formas de apropriação do mundo (e da natureza).
O saber ambiental fundado no encontro (confronto) de múltiplos saberes, legitimados por diferentes matrizes de racionalidades inscritas em lógicas culturais distintas, deve propiciar a produção de novas categorias e estratégias conceituais, não constituindo um campo discursivo homogêneo estabelecido a priori: ao contrário, é um campo que se constrói continuamente em relação com o objeto, com o sujeito e com o tema de cada área do conhecimento, em suas articulações com as demais áreas.
Sem incorrer em ecletismos epistemológicos, vale ressaltar que o saber ambiental, para Leff, envolve paradigmas de conhecimentos de diversas ordens, os quais abrangem, também, sistemas de valores, crenças, técnicas e práticas produtivas referentes à vida material, social e natural e à apropriação e produção do ambiente, orientados por princípios de sustentabilidade, ou seja, nas palavras do autor, esse saber não apenas gera um conhecimento científico mais objetivo, abrangente, mas também produz novas significações sociais, novas formas de subjetividade e de posicionamento ante o mundo.

Sob esse olhar, Leff propugna a ampliação de perspectivas e o alargamento de horizontes para o conjunto da produção humana em sua diversidade. Tal diversidade se manifesta tanto na constituição interna do campo científico, nas formas de organização dos saberes culturais, em suas múltiplas expressões – materiais e simbólicas –, como na manifestação dos sentidos do ser. O reconhecimento do diverso nos modos de ser, pensar e conhecer, ou de um saber ser com a outridade, permeia a obra de Leff, integrando sua proposta de constituição de um novo saber e racionalidade ambiental – de hibridização das ciências, de intercâmbio cultural e de um circuito dialógico entre tempos e saberes.
Importante em sua proposta é que conhecer e ser configuram-se como dimensões conectadas – formam unidades indissociáveis. Por isso, o vir a ser, na construção de futuros inéditos, congrega saberes e tempos diversos, em relação de coetaneidade, e emerge sempre como possibilidade(s) do ato do conhecer, do conceber, do fazer e dos sentidos imputados ao mundo."

08 setembro 2007

O ordenamento das telecidades no ciberespaço

Prof. Dr. Carlos Alberto F. da Silva
Departamento de Geografia da UFF

Profª. Msc. Michéle Tancman Candido da Silva
Fundação CECIERJ


A análise da sociedade moderna até aqui desenvolvida sugere que estamos diante de um nova forma de produção social do espaço. Curioso é que a concepção materialista da geograficidade, desta virada de século, apresenta um sistema de relações sociais, expressas no ciberespaço, no qual o tempo real-instantâneo é um tempo sem tempo e a nova cotidianidade é destituída de espaço e matéria. A imagem-fluxo, a presentificação, a realidade virtual e as diversas possibilidades de comunicação on-line sugerem um novo ambiente, que alguns chamam de cidade eletrônica ou cidade digital, derivada das redes comunicacionais e informáticas.

Tais redes são o suporte estrutural para a duplicação da cidade real nas redes, a que Virilio (1993) chamou de telecidades. A cidade eletrônica é resultado de um conjunto de máquinas que interagem simultaneamente via rede de informática (internet, por exemplo), provocando um esvaziamento do espaço urbano e um investimento no tempo. Mas é, antes de tudo, não um lugar, e sim um processo caracterizado pelo predomínio do espaço de fluxos (Castells, 1999, p.423). Apesar de a economia e das relações sociais se processarem, majoritariamente, nas cidades reais (a produção, as trocas e a cultura de massa), cada vez mais temos a expansão de uma “cidade eletrônica” colocada pelas redes. Isso porque a telecidade incrementa a materialidade da economia capitalista via redes e sistemas interativos diversos. Logo, as redes e as telecidades possibilitam não só uma desterritorialização da sociabilidade, mas também uma desmaterialização de processos capitalistas de produção, circulação e consumo.

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/geo07c.htm

20 junho 2007

Paul Virilio
Paul Virilio nasceu em Paris em 1932. Arquiteto, urbanista, filósofo, ex-diretor da Escola de Arquitetura de Paris, especialista em questões estratégicas, tem se destacado como um dos principais ensaístas sobre os meios de comunicação, a "guerra da informação" e o mundo cibernético. Nos últimos anos, Paul Virilio vem se notabilizando como uma voz cética, quase uma nova dissidência, frente a uma sociedade desenfreadamente informatizada e onde o cidadão é vítima de um constante bombardeio (des)informacional.

O futuro do acidente

"O mundo do futuro será uma luta cada vez mais árdua contra as limitações da nossa inteligência."Norbert Wiener(1)

Não há ganho sem uma correspondente perda. Se inventar a substância, é, indiretamente, inventar o acidente, então quanto mais poderosa e eficiente a invenção, tanto mais dramático o acidente.
Eventualmente, chegará o dia fatal em que o progresso do conhecimento se tornará intolerável, não somente devido ao seu mau uso, como também em função dos seus efeitos — o próprio poder de sua negatividade.
Tivemos a confirmação desse fato no decorrer do século XX, antes pelo nuclear, depois através da corrida pelas armas termonucleares, onde as próprias armas, em última instância, se tornaram impossíveis de usar e condenaram os protagonistas à dissuasão.... a maior dissuasão possível.
O próprio poder das armas atômicas também marca o limite final daquele poder, o qual de súbito se tornou impotência... Neste caso, é a terrível inutilidade deste tipo de arma que constitui o acidente.
Ao invés de combater de verdade, as equipes militares se empenham em exercícios imaginários de um "jogo-de-guerra" de somatória zero, no qual a virtualidade é meramente a marca da falta de conseqüência política das nações, já que as conseqüências passam a não ter, praticamente, qualquer importância, sendo enormes demais para serem apreendidas seriamente e terríveis demais para serem testadas apropriadamente... exceto para um louco — pelo perpetrador prospectivo de um ataque suicida contra a humanidade.
Sobre isso, vejamos o que Friedrich Nietzsche tem a dizer em seu ensaio, "O Nascimento da Tragédia", escrito nos anos seguintes à guerra franco-prussiana de 1870: "... uma cultura baseada nos princípios da ciência deve ser destruída quando começa a crescer de maneira ilógica, ou seja, a se omitir frente às suas próprias conseqüências. Nossa arte revela esse mal-estar universal."(2)
Se, efetivamente, "na tragédia, o estado de civilização é suspendido"(3), então, com ela, o inteiro espectro do conhecimento benéfico desaparece. Portanto, na guerra total, a repentina militarização da ciência, requerida para a presumida vitória dos oponentes, reverte toda a lógica e a sabedoria política, a ponto que a antiga filosofia é seguida pelo absurdo de uma filanóia(4), responsável por destruir o conhecimento acumulado através dos séculos... "O poder humano, aumentado excessivamente, transforma-se então em causa de ruína"(5), despejando a totalidade da cultura das nações no vazio das causas perdidas — causas irremediavelmente perdidas, seja em caso de derrota seja de vitória, já que não é possível desinventar um conhecimento ao mesmo tempo terrorista e sacrílego para a inteligência científica.
De forma que, assim como há períodos de mau tempo na natureza, há também períodos de mau tempo na cultura e precisaríamos de uma "meteorologia" positiva da invenção para tentar evitar os temporais do artifício do Progresso do Conhecimento — aquele espírito que gera a potencialização extrema dos nossos instrumentos e das nossas substâncias e, conjuntamente, dos acidentes industriais e pós-industriais; estou pensando em primeiro lugar, na genética e na tecnologia da informação, que se seguiram às depredações forjadas pelo progresso atômico, cuja verdade atroz nos foi revelada em primeira mão por Hiroshima, depois por Chernobyl.
"É impressionante aquilo que não podem fazer aqueles que tudo podem fazer", declarou Madame Swetchine no século 19 (6). Esse aforisma resume perfeitamente o paradoxo do século XX e suas revoluções seriais, assim como tantas armas empregadas contra a inteligibilidade do mundo.
Hoje, no início do século XXI, quando a globalização que tanto ouvimos elogiar é, em primeiro lugar e principalmente, o fruto proibido da árvore do conhecimento (em outras palavras, da chamada "revolução da informação"), o predador está dando lugar para o exterminador, e o capitalismo simples para o terrorismo.
Como o extermínio é, de fato, a conclusão ilógica da acumulação, o Estado suicida não é mais tão somente psicológico, associado à mentalidade de um número de indivíduos perturbados, mas sociológico e político, até o ponto em que o acidente generalizado anunciado por Nietzsche agora incorpora aquela dimensão de pânico na qual a filosofia do Iluminismo dá lugar ao amor da loucura das grandezas, uma filanóia de proporções gigantescas. É isso o que significa, efetivamente, esse acidente do conhecimento, o qual complementa o acidente da substância que deriva da pesquisa tecno-científica.
E, se há três dimensões na matéria — massa, energia e informação, então depois das longas séries de acidentes relacionados com a matéria e a energia do século passado, o tempo ao alcance da mão no presente é o do acidente lógico — e mesmo o acidente biológico, à medida em que observamos a pesquisa teratológica da engenharia genética.
"As máquinas declararam guerra a Deus", escreveu Karl Kraus famosamente, enquanto a carnificina da Primeira Guerra Mundial estava começando(7)... Mas, como é que as coisas estão, hoje em dia, na era de uma globalização tão decantada pelos advogados do Progresso?
A globalização do conhecimento, um produto da revolução das telecomunicações, não somente reduziu o campo da atividade humana a nada, graças à sincronização da interatividade, como está causando uma mutação histórica na própria noção de acidente.
O local, acidente precisamente situado, de repente deu lugar à possibilidade de um acidente global, o qual não mais diria respeito meramente a "substâncias" — a substância do mundo na era do tempo real das trocas — mas o conhecimento que temos da realidade, aquela visão do mundo que previamente sustentava nossas ciências.
Assim, depois do acidente da substância, com o século que acaba de iniciar, estamos inaugurando um acidente sem paralelos, um acidente da realidade, o acidente do tempo e do espaço, e da matéria substancial totalmente desconhecida aos cínicos, mas que foi introduzida gradualmente pelos físicos da relatividade no decorrer da guerra total.
"O tempo é meramente uma ilusão", declarou Einstein, durante aquele período que separou a Primeira da Segunda Guerras Mundiais. Um acidente do conhecimento histórico, ou, em outras palavras, da percepção das coisas — uma desrealização positiva — este, o produto de uma realidade agora em vôo acelerado, como as galáxias na expansão do universo, uma desrealização cujas devastações já tinham sido pressentidas por Werner Heisenberg quando ele escreveu, há cinqüenta anos: "Ninguém sabe o que será real para o ser humano no fim das guerras que estão agora começando."(8)
Finalmente, depois da implosão da Guerra Fria entre o Oriente e o Ocidente, a globalização é, antes de mais nada, um tipo de jornada ao centro da terra, no brilho escurecedor de uma compressão temporal que confina o espaço vital da raça humana de uma vez por todas, algo que alguns utópicos denominaram de sexto continente, embora se trate simplesmente do hiper-centro de nosso ambiente.
Tanto origem quanto fim de um mundo que está agora barrado, onde todos estão crescentemente atraídos por essa região central, sem extensão espacial ou temporal, a qual é simplesmente o auge, o terminal daquela aceleração da realidade, a qual esmaga nossos cinco continentes e sete mares entre si, mas, e isto é muito importante, comprime juntos as nações e os povos do mundo todo.
Uma compressão telúrica da história da humanidade, cujo escopo não se registra em nenhum sismógrafo, apesar dos ecologistas; a compressão daquele cataclisma onde tudo é repassado pelo telescópio, e que colide com todo o resto a cada momento e onde todas as distâncias são reduzidas a nada, despedaçadas por acidente do tempo real da interatividade; um estremecimento da terra inteira, onde os eventos não são mais nada do que acidentes simultâneos, atemporais, na superfície de um objeto celestial excessivamente comprimido, e onde a gravidade e a pressão atmosférica são ulteriormente reforçadas pela sincronização instantânea das trocas.
Nesse nível de desassossego, a ecologia não é tanto a da natureza, quanto a ecologia da cultura, e seu efeito de amadurecimento de catástrofes etológicas. Efetivamente, com o engolir das proporções, dos períodos e das escalas de tempo, a abolição instantânea de todos os intervalos a favor da imediatez, a poluição das distâncias em escala de tamanho natural do globo nos ensina infinitamente mais que a poluição das substâncias da natureza sobre o drama, a tragédia do conhecimento futuro. Na terrível compressão das extremidades de um mundo outrora gigantesco em direção ao Centro, o hiper-centro do único planeta habitável no sistema solar, "A Natureza pode confiar no Progresso; ela irá vingar-se dele pelo abuso que ele perpetrou contra ela."(9)
Em conclusão, permitam-me fazer três perguntas: a ciência deve tranqüilizar? Ou, ao contrário, a ciência deve assustar? E, finalmente, a ciência é desumana?(10) Essas perguntas todas lançam uma luz considerável sobre a famosa "Crise do Progresso", assim como o fazem na, de modo nenhum subsidiária, crise das recentes mediatizações das descobertas — aquele "expressionismo científico" subscrito por certos loucos/cientistas, tais como o ginecologista Severino Antinori, o "Doutor Fantástico" da procriação assistida, ou o especialista em câncer Friedhelm Hermann, acusado no outono de 1999 por uma comissão alemã responsável por detectar fraude nos laboratórios científicos de ter falsificado os resultados de sua equipe, causando, nas palavras da imprensa especializada, um verdadeiro "Chernobyl científico!"(11)
Vamos lembrar aqui que a pesquisa científica não pode se valer da liberdade de expressão da imprensa sensacionalista sem acabar, mais cedo ou mais tarde, na filanóia de uma ciência não só privada de consciência, como privada de sentido!
Ontem a bomba atômica, hoje a bomba informacional, amanhã a bomba genética? Quando, em agosto de 2001, o professor Antinori apresentou à Academia Americana de Ciências seu plano para fazer nascer cerca de 200 crianças por clonagem reprodutiva, prometendo aos "pais" crianças perfeitas, mesmo se isso significasse eliminar as imperfeitas, o que é isso senão alucinação demiúrgica? Prova de que, como se fosse necessário, na ciência, como em outros campos, o pior às vezes realmente acontece (12).
Com o evento radioativo de Chernobyl, os organismos geneticamente modificados, a clonagem de seres humanos, etc. — os especialistas científicos agora ocupam o centro das controvérsias desses primeiros dias do terceiro milênio. Daí a criação de agências especializadas em administração de risco, de modo a tentar predizer o improvável e o impensável em questões técnicas e científicas, já que há décadas temos sido indefesos face aos maiores riscos que afetam o equilíbrio biológico e social da humanidade(13). A partir desse ponto de vista em particular, do "acidente do conhecimento", não é tanto o número de vítimas que se destaca como a própria natureza do risco que se corre. Em contraste com os acidentes rodoviários, ferroviários e aéreos, o risco não é mais quantificável e estatisticamente predizível — tornou-se inexpressível e profundamente impredizível, a ponto de causar a emergência de riscos sem paralelos, risco não mais localizado simplesmente na dimensão ecológica, mas na escatológica, já que afeta o poder de antecipação da mente, ou seja, da racionalidade em si(14).
"A ruína da alma", escreveu Rabelais, falando do conhecimento sem consciência — e isso nos dá uma outra perspectiva hoje para abordar os problemas do fim da vida, num período em que a questão da eutanásia da humanidade está na agenda, como conseqüência inevitável de um crepúsculo das bases, o qual parece não suscitar nenhum tipo de apreensão
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Notas
(1)Norbert Wiener, God and Golem Inc. (London/Cambridge, Mass: MIT Press, 1962), p. 69.
2)Nietzsche, The Birth of Tragedy and other writings (Cambridge: Cambridge University Press, 1999).
(3)Ibid.
(4)A love of madness.
(5)Henri Atlan, La Science est-elle inhumaine? (Paris : Éditions Bayard Centurion, Collection ‘Temps d’une Question’, 2002).
(6)Victor Hugo, Things Seen, Madame Swetchine, uma amiga do Frade Henri Lacordaire, era uma cristã-democrata.
(7)In these great times (Manchester: Carcanet, 1984), p. 80.
(8)Werner Heisenberg, Physics and Philosophy.
(9)Kraus, op. cit., p. 56.
(10)Henri Atlan, op. cit.
(11)"Hernamm, docteur es fraude" (Libération, 26 de outubro de 1999),
(12)´ Le savant fou ª (La Croix, 8 de agosto de 2002).
(13)Hatchuel, Armand et al., Experts et in Organizations (Berlin : Walter de Gruyter, 1995).
(14)Depois da estratégia atômica conhecida como "du faible au fort" (do fraco ao forte), que justificava a extensão do conceito de ‘deterrence’ (dissuasão intimidatória) entre os estados com o "force de frappe" francês, em 1990 assistiu-se a uma campanha começada para a estratégia conhecida como "du faible au fou" (do fraco ao louco), como meio de lidar com os problemas da proliferação nuclear. Ver Ben Cramer, Le nucléaire dans tous sés états (Paris: Éditions Alias, 2002.)

26 abril 2007

na busca de soluções para os impactos do aquecimento global, é preciso mudar o modelo!
Ultrapassar a atitude destruidora do modelo capitalista e ultrapassar a atitude adaptativa do modelo de sociedade tradicional é o desafio que se põe para a formulação d e um paradigma futuro.

Desenvolvimento Ecologicamente Sustentado...Alternativa ao Capitalismo na Era da Globalização

Jacinto Rodrigues (professor catedrático da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto)

Resumo

Não é possível construir uma sociedade de justiça social sem mudança do modelo territorial energético, baseado na sustentabilidade ecológica.A ecologia, como fundamento substantivo da política e da técnica, torna-se essencial para a alternativa ao paradigma do capitalismo na fase da globalização.

Palavras-chave:
Desenvolvimento ecologicamente sustentado
Ecodesenvolvimento
Eco-ciência planetária

Mesmo para o cidadão comum, de hoje, é uma evidência constatar a evolução do capitalismo e reconhecer a especificidade desta etapa que se designa de globalização.Porém, a questão essencial é saber se a natureza do sistema capitalista mudou.
a) Será que desapareceram a exploração, dominação e as injustiças sociais que advêm desse modelo social?
b) Encontrou este modelo capitalista um processo de conserto dos seus antagonismos, inerentes ao seu processo de funcionamento?
c) Que ocorreu em relação à capacidade de resposta dos grupos sociais explorados e dominados, aos novos processos de economia transnacionalizada na sua nova fase do capitalismo financeiro, “financiarização”, de cibernetização tecnológica, “informatização” e alargamento manipulatório “mediatização”? (AMIN 1997)

No estado atual, a etapa da globalização alargou a economia de mercado para uma fase cada vez mais grave para com o equilíbrio da biosfera. O valor de uso dos produtos tornou-se presa de interesses financeiros dominantes. O oligopolismo, ou seja, o capital financeiro sobrepôs-se à lógica de investimentos produtivos. A geopolítica do capital transnacionalizado impôs modelos sociais/militares e tecnológicos mundializados.A generalização de uma tecnologia que produza um antagonismo crescente em relação à biosfera.Esse antagonismo crescente revela-se essencialmente pelo fato de que este modelo tecnológico funciona como uma predação exterminadora dos bens planetários criando simultaneamente resíduos superiores à reciclagem de que dispõe a biosfera.Os eco-sistemas são violentados pelo alargamento de uma tecnologia produtora de esgotamento energético e matérias-primas, ao mesmo tempo que gera lixos tóxicos.

A generalização desse antagonismo capitalismo versus natureza, acompanha e agrava outros antagonismos essenciais. Cresce o fosso ente os grupos cada vez mais reduzidos, detentores do meios de dominação, produção e alienação e o resto da sociedade que, por sua vez, se decompõe em grupos sociais integrados e outros excluídos.Cresce o fosso entre regiões onde o crescimento se realizou à custa da periferia despojada dos seus próprios meios naturais de subsistência.

Por outro lado, ocorrem antagonismos também entre os próprios detentores do capital porque a concentração e a concorrência inerente ao modelo mercantil acentua rivalidades em torno da conquista do poder dominante. A concentração faz-se através do aniquilamento dos mais fracos que têm de se sujeitar a essa geo-estratégia de concentração.O modelo tecnológico, aparece com uma lógica de produtivismo quantitativo que insinua um progresso social. A tecno-ciência mecanicista/positivista (sem uma base ecológica e assente na energia fóssil e na poluição) constitui a trama essencial da produção.

Com efeito, dos transportes à agro-indústria, o modelo tecno-científico hegemoniza o tipo de crescimento da economia capitalista.O sistema de ensino do Estado, privado ou empresarial, constitui um pilar de reprodução do próprio sistema. A socialização cultural é substituída pela institucionalização escolar. Esses referentes paradigmáticos interferiram na estrutura cognitiva, criando e refletindo uma concepção de ciência e de cultura. Os “epistemes” são produzidos e reproduzidos nesta “grelha de interpretação”(WALLACE 1963) que interessem a manutenção social.

A organização territorial consolida a integração social de maiorias e exclusão de minorias não adaptativas.A concentração urbana caracteriza esse habitat alheio do eco-sistema. Mas a organização territorial desta fase de globalização tem gerado dispositivos topológicos (FOUCAULT, 1976)) que constituem formas de integração e de dominação cada vez mais sofisticadas.

A maquiagem formal, a espetacularidade das edificações, escondem adestramentos comportamentais das populações e marcam com geo-estratégias complexas, a reprodução alargada da força de trabalho, o domínio manipulatório e/ou compulsivo de hábitos (BOURDIEU-PASSERON, 1964)), de formas de vida e de consumo.

Durante o processo da mundialização da economia capitalista, através das formas coloniais ou neo-coloniais, as sociedades tradicionais de economia de subsistência apresentaram, e apresentam ainda hoje, resistências à imposição desse modelo capitalista, social, tecnológico, territorial e educativo.Essas sociedades tradicionais não têm atividades puramente económicas. A caça e a agricultura são atividades familiares e comunitárias. Como refere Polanyi,(POLANYI, 1980)) os princípios dessas sociedades vernaculares são formas de reciprocidade que estabelecem um tecido de obrigações mútuas estreitando os laços entre os membros da comunidade. (Goldsmith, 1995)A tecnologia e o habitat das sociedades vernaculares constituem as formas de estar duma sociedade em busca da auto-suficiência, que obedece às imposições do nicho ecológico em que a comunidade se insere.

O processo educativo na sociedade, confunde-se com a socialização, vigorando o processo de adaptação à comunidade e ao eco-sistema de que são dependentes.O processo colonial e neo-colonial instaura-se essencialmente pelo sistema tecnológico e pelos novos dispositivos territoriais. São estes elementos fortes que facilitam a “pilhagem” e produzem a catástrofe das populações nativas.

O habitat e a tecnologia tradicionais, não produziam esgotamento dos bens naturais. Os detritos eram reciclados pelo ecosistema local.A transmissão de doenças era menos fatal nas comunidades isoladas do que em populações concentradas e em situações degradadas das aglomerações urbanas.

As relações de economia de mercado vieram acelerar a desintegração dos ecosistemas pois os valor de uso ao ser substituído por valor de troca, provocou a dilapidação das florestas, aumentou a desertificação e intensificou processos de concorrência que levaram a conflitos étnicos e às guerras.

Ao estabelecermos estas constatações sobre as sociedades vernaculares não queremos, contudo, considerá-las isentas de limitações e portanto não é nosso ensejo apresentá-las como o paradigma alternativo ao modelo técnico-científico do capitalismo.As ideologias colonial e neo-colonial esforçaram-se em tecer juízos de valor sobre as sociedades vernaculares, querendo demonstrar a supremacia do modelo cultural e civilizacional dos países de economia dominante. Foi o pretexto para legitimarem a colonização. Foi e é o discurso ideológico dominante.Quisemos caracterizar a situação das sociedades vernaculares mostrando como as sociedades colonizadoras, contribuíram para o desequilíbrio entre o homem e a biosfera.O que se pretende nesta comunicação é formular uma decifração ecológica dos paradigmas entre essas sociedades, que ultrapasse a mera análise “económica”. Por isso formular uma alternativa significa ultrapassar os quadros referenciais do paradigma científico e moderno. Significa também ultrapassar antigos paradigmas em que a sujeição da humanidade ao envolvimento ecosistémico era quase total.

Ultrapassar a atitude destruidora do modelo capitalista e ultrapassar a atitude adaptativa do modelo de sociedade tradicional é o desafio que se põe para a formulação dum paradigma futuro.

Entre destruição e sujeição existe a possibilidade de uma sociedade capaz de integrar os ecosistemas de um modo activo, de maneira a tornar mais conscientes as relações dos homens com os seres vivos e com o biótopo.O alargamento da consciência planetária, o aparecimento de propostas ecotécnicas (energias renováveis e uma produção com resíduos recicláveis) e ainda o surgimento das novas formas de organização territorial ecologicamente sustentada, permitem apontar como possível, esta “utopia” social, baseada no desenvolvimento ecologicamente sustentado.

Para isso há que encarar as soluções para os antagonismos sociais mas também formular, simultaneamente, respostas aos conflitos na biocenose e entre a biocenose e o biótopo.Não existem portanto, soluções político-económicas em estrito senso. Política e economia enquadram-se numa eco-política mais geral, como seja a gestão do próprio planeta. Em última instância é de uma eco-sofia em processo a que teremos de recorrer para esta hipótese alternativa de paradigma.

A história da humanidade aparece apenas como um processo parcelar duma mais vasta aventura planetária. No entanto, para a humanidade, as experiências já vividas nos diferentes modos de produção, nos diversos complexos tecnológicos e energéticos, nos diversos paradigmas político-filosóficos, permitem experiência e teoria para o desenvolvimento futuro.

As aspirações por uma sociedade mais justa e solidária, ficaram assinaladas ao longo da história, por grandes movimentos de libertação. Estes movimentos sociais, só de uma forma vaga e às vezes paradoxal, referenciaram a problemática ecológica.

Essas aspirações confundiram-se, umas vezes, com o mimetismo passivo à mãe terra, outras vezes, com o grito Prometaico, portador da sociedade industrial. Outras vezes ainda, ao contrário, orientaram-se para uma sabotagem do surto tecno-científico do sistema fabril.Com o advento da teoria ecológica, reformulam-se os quadros da ciência positivista e das ideologias sociais. Reencontramos proximidades entre a geo-cosmogonia mágica nativista e as revelações duma complexidade holística da teoria ecológica.

Mas há diferenças qualitativas no alargamento da consciência planetária e na capacidade de controle da humanidade para o equilíbrio ou desequilíbrio entre a organização social e a biosfera.Se, através da tecnociência se conseguiram autênticos massacres na biosfera, criando a poluição generalizada, a devastação das florestas, a desertificação dos solos, a contaminação das águas, a partir da investigação eco-técnica é possível a produção de protótipos de energias renováveis que não esgotem os bens naturais nem poluam o planeta.

A evolução do conhecimento nas ciências do território, permite a implantação de novos habitats integrados no ecosistema.O habitat, território, desenvolvimento, bioagricultura, ecotécnica, produção e reciclagem, são corolários sistémicos para um desenvolvimento ecologicamente sustentado.É nesta configuração territorial e com estes novos dispositivos eco-tecnológicos que se podem propiciar novos comportamentos e atitudes solidárias mais consentâneas com as aspirações de justiça social.

Estes lugares matriciais podem assim, facilitar uma socialização solidária, uma eco-territorialização e uma eco-técnica imprescindíveis para a concretização desta utopia realizável.Esta utopia não é um “modelo”. É um processo de mudança alternativa à sociedade tradicional de subsistência e à sociedade de globalização do capitalismo neo-liberal.

No terreno prático, o que se pretende, neste artigo, é defender o eco-desenvolvimento (SACHS, 1995) como alternativa para qualquer das sociedades. Qualquer que seja a etapa de crescimento, terá que ter uma opção tecnológica e territorial ecologicamente sustentável que possa auferir experiência prática, teórica e científica da humanidade.As sociedades vernaculares ou tradicionais, têm uma proximidade material das preocupações ecológicas. Mas, ao mesmo tempo, encontram-se longe das opções reflexivas que podem garantir pela eco-técnica actual, uma melhoria das tecnologias apropriáveis, tradicionais. Contudo, nas sociedades do capitalismo global, será necessária a reconversão da tecnociência à ecotécnica.

Terá que surgir uma “medicina planetária” (LOVELLOCK, 1998) capaz de curar as mazelas do crescimento produtivista.Cresceram os perigos gerados pelo modelo de crescimento. A vida cotidiana dos cidadãos é cada vez mais marcada pelos desastres ecológicos, quer sejam alimentares quer sejam climatéricos.Há cada vez mais movimentos que tomam consciência planetária desses perigos e mais claramente surgem alternativas concretas no domínio da eco-técnica, da organização territorial e do modo de vida. São experiências exemplares que tendem a multiplicar-se.Novas formas organizativas, como redes não hierarquizadas onde a unidade se estabelece pelo direito à diferença, despontam em todos os países.

01 abril 2007

Psicologia e Arquitetura: em busca do locus interdisciplinar


Gleice Azambuja Elali . Universidade Federal do Rio Grande do Norte


Partindo do reconhecimento da inevitável interdisciplinaridade no estudo da relação pessoa-ambiente, o artigo discute a Psicologia Ambiental enquanto locus privilegiado na interseção entre Psicologia e Arquitetura, com especial ênfase para a interrelação ambiente construído - comportamento humano. Definindo a escolha dos métodos de pesquisa como fator crucial a esta posição interdisciplinar, o texto aponta os principais métodos atualmente utilizados, facilidades de aplicação e vantagens/desvantagens dos mesmos, defendendo a propriedade do uso de multimétodos na realização de trabalhos na área.

O homem e suas extensões constituem um sistema inter-relacionado. É um erro agir como se os homens fossem uma coisa e sua casa, suas cidades, sua tecnologia, ou sua língua, fossem algo diferente. Devido à inter-relação entre o homem e suas extensões é conveniente prestarmos uma atenção bem maior ao tipo de extensões que criamos (...). Como as extensões são inanimadas, é preciso alimentá-las com feedback (pesquisa), para sabermos o que está acontecendo, em particular no caso das extensões modeladoras ou substitutivas do meio ambiente natural. (E. Hall, 1966, pp.166-167)

Embora tenha sido escrito há mais de 30 anos, o texto de Edward Hall aponta, desconcertantemente, uma área de trabalho ainda pouco explorada. Desconcertantemente, porque apesar da nossa capacidade para criar/modelar espaços e, sobretudo, embora a humanidade viva essencialmente em ambientes edificados (a maior parte da população mundial habita em cidades), pouco tem sido construído no sentido de ampliar o conhecimento da interface entre ambiente e comportamento humanos.
De fato, apesar da evidente necessidade de nos tornarmos atentos à inter-relação entre o homem e as extensões que cria para si, continuamos a estudar isoladamente cada fator envolvido nesta complexa equação. Grande parte do problema diz respeito à própria indefinição sobre a área, ou áreas, de conhecimento a que pertence o estudo desta relação, com possíveis vertentes em Psicologia, Sociologia, Antropologia, Arquitetura, Urbanismo, Geografia, entre outras. No entanto, a principal causa desta dificuldade parece relacionar-se à relativa estagnação do conhecimento dentro de cada setor, fruto da intensa compartimentalização da ciência em busca da super-especialização: a Medicina dedica-se ao estudo das condições de saúde do corpo; a Psicologia analisa o comportamento humano; a Sociologia aborda a relação entre os indivíduos; a Arquitetura projeta os edifícios que os abrigam; o Urbanismo dedica-se à planificação das cidades...

Paradoxalmente, embora seja óbvia a complementaridade entre estes e outros campos de trabalho, envolvendo faces diferentes de uma mesma problemática, as informações geradas em cada "grupo de estudos" pouco se expande além de seus próprios pares, dificultando a formação de uma massa crítica interdisciplinar que alimente um processo investigativo mais amplo. Felizmente, o gradual surgimento de trabalhos interdisciplinares tem induzido mudanças paradigmáticas no enfrentamento desta temática, com ênfase para a necessidade do reagrupamento das disciplinas e o surgimento de novas formas de atuação nas diferentes profissões.

Uma questão de complementariedade

Em Psicologia e Arquitetura, duas das áreas mais proximamente ligadas ao estudo da relação pessoa-ambiente, este quadro não é diferente. Gradualmente a Psicologia ampliou sua área de atuação do indivíduo para o social e o ambiental, "redefinindo" e complementando seu objeto de estudo de modo a abarcar as interações ambiente-comportamento, e contribuindo para um conhecimento mais amplo da realidade através de um enfoque ecológica e humanamente consistente. Em Arquitetura, por sua vez, aos poucos observa-se o deslocamento da ênfase na análise de aspectos estéticos/construtivos/funcionais do edifício para a preocupação com a percepção/satisfação dos usuários e com as implicações das intervenções em termos de paisagem, propiciando a elaboração de propostas mais centradas no indivíduo e/ou no social e nas implicações ecológicas das interferências realizadas.


Conclusão: uma questão de continuidade

· Que parâmetros deveriam estar envolvidos na definição de áreas mínimas para uma habitação humana e ecologicamente adequada?

· Como as condições de conforto no ambiente construído (temperatura, ruído, iluminação etc.) alteram o comportamento humano?

· Como o espaço influencia o comportamento de multidões? Existem espaços que se adequem melhor que outros à acomodá-las?

· De que maneira a vida em cidades afeta o comportamento humano?

· Quais as conseqüências da superdensidade? Como trabalhar isso em face da resolução de problemas urbanos?

· Como um sem-teto estabelece sua territorialidade e organiza seu espaço vivencial? Qual a forma de rebater tais informações no projeto de um local que o abrigue?

·Ambientes extremos (como bases espaciais, estações polares, desertos, ilhas isoladas) alteram as condições de convívio entre as pessoas? Como este conhecimento pode auxiliar a repensar / reestruturar tais espaços?

· Que informações são necessárias para o projeto de uma "simples" residência, física e psicológicamente adequada à família que vai habitá-la? Como coletar tais dados de modo a apreender os aspectos vivenciais da relação entre seus membros? Existe um "desenho" que reinterprete tais informações, respondendo às necessidades das pessoas envolvidas?

Questões como estas, típicas de trabalhos em Psicologia Ambiental, são extremamente complexas, apontando tarefas em cuja realização o cruzamento metodológico é essencial, e que necessariamente devem ser abordadas de modo interdisciplinar. Assim, o estudo do comportamento humano no ambiente construído, embora objeto desta área de conhecimento, envolve em sua discussão não apenas aspectos ligados à Psicologia e à Arquitetura, mas exige a participação ativa de várias outras disciplinas interessadas em pensar a qualidade de vida humana a partir da percepção e das vivências dos diferentes agentes envolvidos em cada problemática.

No processo de apropriar-se da realidade para a geração de conhecimento, no entanto, é fundamental que o pesquisador conscientize-se do fato de estar, além de buscando informações, também participando de um processo de troca, e interferindo, em maior ou menor escala, na estabilidade (real ou imaginária, duradoura ou efêmera) existente. Insere-se, finalmente, mais um elemento nesta equação (embora isto não signifique relegar tal fator a último plano): a responsabilidade social daqueles que se dispõem a trabalhar a relação pessoa-ambiente. Tal tarefa se impõe uma vez que, possibilitando o aguçamento do senso crítico do usuário com relação ao local onde vive e à qualidade de vida almejada/obtida, estamos participando ativamente do processo de modificação dessa mesma realidade. Este é mais um assunto a ser discutido... interdisciplinarmente.

Leia texto completo...
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X1997000200009&lng=pt&nrm=isso&tlng=pt

10 março 2007

Primeira danceteria sustentável gera energia com movimento do corpo .

Marina Rosenfeld Karina Costa ( colaboração) especial para o GD

Primeira danceteria sustentável do mundo, a Sustainable Dance Club, em Roterdã, na Holanda, funciona com a própria energia do movimento do corpo dos freqüentadores do lugar. Ou seja, enquanto as pessoas dançam, ao som de DJs, um sistema sob o assoalho capta a energia gerada pelo movimento na pista e conduz até um gerador que a transforma em eletricidade, usada em alguns equipamentos do clube.

O projeto, que já funciona como um evento itinerante, inclui abastecimento dos banheiros com água da chuva, paredes que mudam de cor numa reação ao calor e turbinas de vento para arejar o terraço.

A idéia tem contribuído bastante para a economia de energia. Uma danceteria, que funciona três vezes por semana, gasta por ano até 150 vezes mais energia elétrica que um lar.

Em função do sucesso do projeto, os idealizadores do clube estão tentando empreender novas danceterias sustentáveis em Nova York, Londres, Amsterdã e Merlbourne.

Welcome to the website of Sustainable Dance Club, the new way of clubbing. Through a combination of modern techniques and fashionable design SDC sheds new light on how to live a sustainable lifestyle. Doing your part for the environment doesn’t have to be boring, and you don’t have to stop doing the things you love. Having fun and doing it in a sustainable way, that’s the vision of Sustainable Dance Club.


http://www.sustainabledanceclub.com/


16 fevereiro 2007

futurologia

"IMAGILAR" . A CASA DO FUTURO
ImagiLar (do port. Imaginar o lar «id»)

1. imaginar [a casa ideal]
2. sonhar [o ambiente do lar]
3. desenhar [a casa do futuro]
4. construir [o futuro]
5. visionar [o bem estar]

USABILIDADE

Como 'ImagiLamos' a Casa do Futuro? O desafio de hoje enquadra-se no tópico da usabilidade.

O que é a Usabilidade? É traduzida pela simplicidade e facilidade de utilização de um objeto, assim como a flexibilidade e ausência de erros ou problemas.

E o que vem a ser isso? 'ImagiLe'… que lhe oferecem um novo equipamento eletrónico no Natal e não tem que passar o dia de Natal a ler as instruções pois o seu funcionamento é totalmente intuitivo.

'ImagiLe' como os objectos do dia-a-dia se tornam mais fácil de utilizar. E porque não 'imagiLar' que os manuais do utilizador dos equipamentos deixam de ser necessários?

'ImagiLe' que não precisa de escolher o programa mais adequado na sua máquina de lavar pois
basta dizer “roupa de cor muito suja” e a própria máquina seleciona o programa correcto.

'ImagiLe-se' a fazer compras na Internet de forma fácil e rápida.

E porque não 'imagiLar' que não precisa de se preocupar com a manutenção da casa pois ela própria se encarrega de tal tarefa?

E como será a tecnologia dos objectos futuros? Os objectos do futuro incluirão várias tecnologias numa só (chips de computador, comunicação, sensores sofisticados, etc). Alguns mover-se-ão sozinhos, outros serão portáteis. Outros serão objectos inteligentes ou comunicarão conosco. Mas o objectivo será sempre ajudar as pessoas, interagir amigavelmente e servir as necessidades humanas de forma simples e prática.

'ImagiLe' que todas as tecnologias que tem em casa tornam sua vida mais simples em vez de a transformar num pesadelo. E que lhe sobra imenso tempo livre para fazer aquilo que realmente gosta de fazer…

PS. Eis aqui outros princípios que serão abordados: flexibilidade, manutenção, conforto, teletrabalho, adaptabilidade, segurança, ecologia, evolutividade, protecção dos utilizadores, entretenimento e bem-estar, durabilidade e robustez, proximidade e integração com o mundo que a rodeia, customização, ubiquidade funcional e ocultamento.


'Imagile' a sua Casa do Futuro… Como deveria ser?

http://www.casadofuturo.ua.pt
"CONSUMO RESPONSÁVEL
NO PROJETO
E NA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL”
soluções “morar mais por menos”:
mais qualidade por menos custos
mais racionalidade por menos desperdício
mais qualidade de vida para todos
mais qualidade por menos quantidade
mais ‘todos nós’ menos ‘só eu’

14 fevereiro 2007

21 janeiro 2007

DICAS PARA PESQUISA

Desenvolvimento sustentável

United States Environmental Protection Agency
Contém informações sobre legislações, eventos, novidades, projetos e curiosidades relacionadas ao meio ambiente. (Inglês) http://www.epa.gov

Solid Waste on line
Contém entrevistas, novidades, pesquisas, atualizações sobre leis, produtos e lista de discussão sobre vários temas relacionados com meio ambiente. Bolsa de empregos para profissionais e vendedores de resíduos industriais. (Inglês) http://www.solidwaste.com/

Center of Excellence for Sustainable Development
The National Center for Appropriate Technology (NCAT) contém calendário de eventos, projetos, desenvolvimento urbano, transporte, edificações ecológicas, desenvolvimento sustentável, base de dados de tecnologias e métodos para desenvolvimento sustentável. (Inglês) http://www.sustainable.doe.gov/search.htm

Inform - Estrategies for a better environment
Inform é uma organização independente de pesquisa que examina a influência da prática humana no meio ambiente e na sua própria qualidade de vida. Este site aborda estratégias para um ambiente mais saudável.http://www.informinc.org/

Há também sinopse de um livro de K. Fishbein, (June 1998), que trata de estratégias de redução de resíduos na construção e demolição nos projetos municipais.http://www.informinc.org/buildforfuture.php

CiriaCiria
é uma associação inglesa que promove pesquisas e projetos voltados a tudo que se refere à construção civil e ao meio-ambiente. Há disponível artigos para download, buscas por pesquisas, e eventos a serem realizados. http://www.ciria.org.uk/

Sustentainable-design
Este site dispõe matérias, documentos e publicações (algumas para download) sobre construção sustentável.http://www.sustainable-design.ie/sustain/documents.htm#agenda21

Grupo CIB- TG39
É um grupo que avalia e produz relatórios sobre o potencial dos edifícios no que diz respeito a facilidade de montagem e desmontagem de seus componentes construtivos, que é denominado de “desconstrução”, permitindo, assim, a remodelagem ou a renovação do edifício, ou mesmo a reutilização e reciclagem desses materiais que originalmente compunham a obra. http://www.cce.ufl.edu/affiliations/cib/index.html

Alternative Materials
Site de uma organização européia que pesquisa o desenvolvimento de materiais alternativos na construção de estradas e a sua disseminação em larga escala.(inglês)http://www.trl.co.uk/altmat/

Reciclagem em geral

Professional Demolition Internacional
Revista que freqüentemente oferece matérias atuais sobre uso da reciclagem na construção civil,em vários países do mundo.Além da reciclagem, dispõe de publicação sobre demolição e links. http://www.pdworld.com/PDi/Recycling/Reports/index.asp?link=link4

Europa.eu.int
Site europeu de pesquisa que dispõe sinopses no tema:”Tecnologias para recuperar produtos no final de seu ciclo de vida “ como “reciclagem de agregados na indústria da construção civil”, “novos produtos dos resíduos da combustão do vidro”, “tratamento Eco-eficiente no final da vida-útil dos veículos com ênfase em plásticos – ELVs”.http://europa.eu.int/comm/research/brite-eu/thematic/html/2-4-03.html

Outra matéria oferecida por esse site, através RTD info - revista de pesquisa européia é sobre edifícios reciclados. http://europa.eu.int/comm/research/rtdinfo/en/26/constr3.html

Recycled Materials Resouce
Este é um projeto vinculado a uma universidade que desenvolve estudos sobre materiais recicláveis aplicados na área de transportes, visando um menor impacto ambiental. www.rmrc.unh.edu

Global Recycling Network
A lista de discussão, as relações de associações técnicas e de produtos reciclados, tecnologias para reciclagem e a biblioteca de links são destaques deste site. Além disto, calendários de eventos e preço de commodities. (Inglês) http://www.grn.com/

Compromisso Empresarial para Reciclagem (cempre)
Associação brasileira sem fins lucrativos. Contém fichas técnicas sobre alguns resíduos, manuais e projetos sobre reciclagem, biblioteca e interface com a indústria. (Português) http://www.cempre.org.br

Recicláveis - portal da reciclagem e meio ambiente
Empresa na qual o objetivo é voltado para o oferecimento de produtos e serviços ligados à reciclagem e meio ambiente. Contém seção para anúncio de empresas, disponibiliza home-pages, oferece serviços e comercializa produtos ligado à área. (Português) http://www.reciclaveis.com.br

Recycling World Magazine
Revista britânica especializada em reciclagem para indústria. Contém bibliotecas, preços de materiais reciclados, novidades e outras informações sobre reciclagem. (Inglês) http://www.tecweb.com/recycle/rwcont.htm

Raymond Communications
Empresa consultora sobre reciclagem. Apresenta atualizações sobre leis e estatutos internacionais e de alguns países específicos na área de reciclagem gratuitamente.(Inglês) http://www.raymond.com/

Reciclagem de resíduos
European Thematic Network - Recycling in Construction
ETNRecy é rede temática formada inicialmente por cinco membros do comitê RILEM TC 121-DRG com o objetivo de promover a reciclagem de resíduos de construção e demolição e uso racional de recursos naturais. Atualmente conta com 28 membros de 16 diferentes países. Tenta unir produtores e usuários de agregados naturais e reciclados, centros de pesquisas, universidades, governo e grupos de normalização (Inglês) http://www.etnrecy.net

Bibko
Site de empresa que atua há 20 anos no mercado com a reciclagem de resíduos de concreto para o serviço de transportes e indústria de pré-fabricados.http://www.bibko.com

Irmãos Preto
É uma empresa fabricante de materiais de construção, que possui um projeto de reciclagem de entulhos de obra na cidade se Socorro- SP, chamado Recicla Socorro. Esses resíduos são transformados em argamassa de assentamento e graúdos para manutenção de estradas. Em 2002 ganhou da Revista Super Interessante o “Prêmio Super Ecologia 2002”.http://www.irmaospreto.com.br/

BT-EnvironmentBT-
Environment é uma empresa ligada ao Thole Group que realiza reciclagem de resíduos destinadas para companhias na Alemanha, Finlândia, França Bélgica, entre outras.http://www.thole.nl/

Joolz.demon.co.uk
Site que disponibiliza relatório de pesquisa sobre "Agregados secundários reciclados: uma oportunidade ambiental e econômica" de Steve King, Bristol Friends of the Earth.http://www.joolz.demon.co.uk/campaigns/ashtonct/recycleaggts.html

Europa.eu.int /environment
Trata a respeito de estratégias para o uso sustentável dos recursos naturais, abrangendo desde o desenvolvimento de meios para proteção do solo, da água e do ar à reciclagem de resíduos. Dentro do tópico resíduos contém materiais de estudos, estatísticas, publicações, legislação, projetos, sendo que alguns estão para download e calendário de eventos relacionados ao meio ambiente.http://europa.eu.int/comm/environment/natres/index.htm

Informações e Técnicas Ltda (I&T)
Empresa de consultoria na área de gestão de resíduos, especialmente resíduos da construção civil, com sede na cidade de São Paulo (Português).http://www.ietsp.com.br/

Obra Limpa
Empresa de consultoria na área de gestão de resíduos de canteiros de obras, com sede na cidade de São Bernardo do Campo (Português).http://www.obralimpa.com.br/

Demolição e reciclagem de resíduos

Construction and Demolition Waste Programs
Contém textos referentes a um programa governamental de Durham (cidade americana) de redução de resíduos, reutilização e reciclagem dos mesmos na construção civil. Nele podem ser feito downloads dos textos. http://www.tjcog.dst.nc.us/cdwaste.htm

Devoconsa
Empresa especializada em demolição de construções que emprega um sistema de gestão de resíduos, reciclando entulhos de obras. Também há um parte só para reciclagem, onde se explica esse sistema de gestão, detalhando todos os processos, inclusive na usina de tratamento.http://www.devoconsa.es/

Eda- demolition
Consiste em uma organização européia que atua na indústria de demolição, especificamente na Europa, a fim de promover a padronização de técnicas de demolição, a reciclagem dos restos desta última e o intercâmbio de idéias a respeito do tema. http://www.eda-demolition.com/

Gestão de resíduos

Eprocessingplants
É uma empresa que fabrica máquinas para a indústria da construção civil, sendo que uma das suas especialidades são máquinas para reciclagem de materiais de construção.http://www.eprocessingplants.com/eng/p_cru_rec.htm

Remex
Em alemão: empresa alemã que trabalha com a remoção de entulhos de obra para futura reciclagem.http://www.remex-du.de/index.html

Hazemag
Empresa fabricante de maquinário para reciclagem de pedregulho, cascalho, entulho para construção civil.http://www.hazemag.de/schutt.cfm?pSprache=gb

Var Conpanies
Empresa que atua no processamento de resíduos, reciclando-os e desenvolvendo novas tecnologias para a fabricação de máquinas de reciclagem de resíduos.http://www.var.nl/eng/versie4eng/frame2/organisatie.html

European Topic Centre on Waste and Materials Flows
É uma agência ambiental européia, que tem como função principal fornecer dados e informações sobre resíduos, sua distribuição e destino adequados para os parâmetros de sustentabilidade. Ela é formada por um consórcio de oito organizações originárias de comunidades européias de pesquisas ambientais.http://waste.eionet.eu.int/

Intec - Corporación de Investigación Tecnológica de Chile
Intec é um serviço de informação criado para dinamizar o intercâmbio de materiais residuais no Chile.Ele trabalha na transação desses materiais, fazendo a intermediação entre agentes que oferecem ou procuram esses resíduos para sua recuperação, reciclagem e utilização em algum processo produtivo.http://www.residuos.cl/

The International Society for the Environmental and Technical Implications of Construction with Alternative Materials
ISCOWA é uma organização internacional sem fins lucrativos que promove e coordena o intercâmbio de informações sobre aspectos técnicos e ambientais do uso de materiais residuais de atividades industriais na construção civil. Contém calendário de eventos, informações sobre grupos de pesquisas, ofertas de empregos. (Inglês) http://www.iscowa.org

The National Recycling Forum
NRF é uma organização independente gerenciada pela Waste Watch na Inglaterra que promove a redução na geração de resíduos, reutilização e reciclagem, interligando indústrias, municipalidades, instituições públicas e privadas e voluntários. Contém base de dados sobre produtos reciclados. (Inglês) http://www.nrf.org.uk/

COWASTE - development of recycling and utilisation of construction waste and construction parts
COWASTE trata-se de um projeto finalizado no ano de 2001. Neste projeto se avaliou a reciclagem e reutilização de resíduos de construção e demolição em países como Inglaterra, Suécia, Finlândia e Noruega (Inglês) http://nortech.oulu.fi/cowaste

Revista Residuos
É um interessante site de revista técnica (em espanhol) que aborda assuntos atuais sobre a reutilização e reciclagem de resíduos e novas tecnologias. Além de mostrar futuros eventos, cursos, congressos do ano, relacionados a esse tema.http://www.revistaresiduos.com

Catalog of Hazardous And Solid Waste Publication
Site que dispõe de um catálogo de publicações a respeito dos resíduos sólidos, organizado pelo Agência de Proteção Ambiental do Resíduos Sólidos (OSW), nos Estados Unidos.Em todas as publicações podem ser feitos downloads (em arquivo PDF).http://www.epa.gov/epaoswer/osw/catalog.htm

Busca científica
Scirus - for scientific information only
É um site de busca de pesquisas científicas. Há disponível mais de 60 milhões de páginas científicas da internet.http://www.scirus.com/

http://www.reciclagem.pcc.usp.br/apres1.htm

16 janeiro 2007

COMUNIDADES CRIATIVAS


http://sustainable-everyday.net/cases/?page_id=108


apresentação de casos de inovação social através da sustentabilidade
seu propósito é:
* o empoderamento dos promotores de tais iniciativas (as “comunidades criativas”) dando a elas a possibilidade de troca de idéias e experiências
* facilitar aos cidadãos a participação em tais iniciativas, para desenvolver outras similares ou implementando novas soluções promisssoras que as tornem elas próprias “comunidades criativas”.
* envolver um público cada vez maior na discussão de novas idéias de bem estar e como é possível promovê-las, começando a partir de agora.

CATEGORIES: HOUSING l EATING l COMMUTING l WORKING l LEARNING l SOCIALIZING l OTHER l
A community creates the conditions for environmentally friendly living.
SolutionDe Kersentuin is an environmentally, socially and economically sustainable community in the city of Utrecht, founded and developed by the inhabitants themselves. The residents made a plan for this sustainable neighbourhood, bargained with the city, and contacted architects to help them. In a matter of years, a neighbourhood of 94 buildings was created; it benefits from shared facilities, solar power systems, special thermal isolation, a balanced ventilation system, the possibility to extend houses as families get bigger, lots of green in the neighbourhood, a shared garden, neighbourhood-help and car-sharing. Its residents are very self-sufficient, and arrange new initiatives – such as like hand crafts, a carrier cycle, carshare, etc - from which both inhabitants and the rest of the town now benefit.(more…)

12 janeiro 2007


boas idéias.......


















os projetos...as obras

referências...




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