25 junho 2006

FUTUROLOGIA
ARQUITETURA CAPAZ DE SE AUTO ORGANIZAR?

Roy Ascott é um líder no campo da arte, tecnologia e pesquisa da consciência. Seus projetos telemáticos foram apresentados no em eventos como o Ars Electronica, a Bienal de Veneza e Museu de Arte Moderna de Paris.Seu trabalho teórico é amplamente publicado em muitos idiomas. Ele é o Diretor do CAiiA-STAR, um centro integrativo de pesquisa ancorado na University of Wales College, Newport e na Universidade de Plymouth, coordenando pesquisadores na Europa, Américas e Oriente.

Para Roy Ascott a arte dos próximos 30 anos será a arte da consciência. Mas uma consciência dupla, uma mente aberta à ciberpercepção. Ascott usa o termo technoetic, que significa consciência + tecnologia. Ele engloba o antigo e o moderno, o espiritual e o artificial, o cósmico e o cultural. O corpo humano e os seres artificiais passam a ter um habitat em comum. É o desenvolvimento pós biológico. Uma troca entre o humano e o eletrônico, a moistmedia (mídia úmida).

E com o surgimento desta nova realidade torna-se necessário um novo meio, uma nova arquitetura. Uma arquitetura onde o que importa não é o que sentimos sobre os lugares, mas o que os lugares sentem por nós, não o que as construções parecem para nós, mas o que nós parecemos para elas. Uma arquitetura capaz de se auto organizar, de se auto restaurar e até de perceber quais reformas são necessárias.

Pode-se questionar se este processo não fará com que o ser humano perca sua identidade e seu significado. Há uma preocupação em estar envolvido no nosso processo de desenvolvimento e tanto a identidade como o significado podem ser nossa criação.A ciberpercepção nos permitirá entrar nos mundos interior e exterior de maneira profunda e rica, muito mais que através dos nossos sensos naturais. É possível estabelecer paralelos entre estes dois mundos.

Roy Ascott, diretor do CAiiA-STAR (trabalho colaborativo em artes interativas), está propondo em suas últimas palestras o surgimento de uma nova cultura planetária tecnoética, baseada em 3 "V-Realidades": a Validadal, a Virtual, e a Vegetal.

"Nosso foco é Arte, a tecnologia e a consciência, de onde uma cultura planetária tecnoética poderia emergir baseada em 3 RVs: Realidade Validada: abrangendo a tecnologia mecânica em um prosaico mundo Newtoniano; Realidade Virtual: abrangendo tecnologia digital e interativa em um mundo de imersão telemática; Realidade Vegetal: abrandendo a tecnologia das plantas psicoativas em um mundo espiritual enteogênico. Para essa finalidade, são necessárias pesquisas transdisciplinares e colaborativas para que ferramentas de aprendizado e produtividade inteiramente novas possam surgir. Em nossa busca de um paradigma interativo, CAiiA-STAR e o Planetary Collegium são as respostas iniciais para esta necessidade."(Planetary Technoetics: art, technology and consciousness.)
Muito interessante...

mais...
http://www.unb.br/vis/lvpa/xmantic/roy2.htm
http://mitpress2.mit.edu/e-journals/Leonardo/isast/spec.projects/planetcollegium/ascott.html

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