somos todos redes móveis
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Isso está gerando uma grande quantidade de material redundante e que já chega obsoleto às livrarias, mas por outro lado tem nos presenteado periodicamente com algumas análises lúcidas da vida conectada no início do século vinte e um. "Me ++" é uma dessas análises que fazem a diferença.
Escrito por William J. Mitchell - professor de Arquitetura, Artes e Ciências Midiáticas, Reitor da Escola de Arquitetura e Planejamento do MIT e autor de "City of Bits", onde analisava a relação da Internet com o espaço urbano - "Me ++" leva suas considerações um passo além e amplia o espectro para a figura do ser humano. Como viver num mundo onde as tecnologias já estão efetivamente mudando códigos e políticas no cotidiano?
Não se trata, contudo, de mais um elogio deslavado aos PCs, GPS, PDAs e outros acrônimos fundamentais. Mitchell parte do Humano com H maiúsculo e o transforma num Eu (Me) com algo a mais (representado pelos dois sinais de plus), partindo do princípio de que consistimos "de um núcleo biológico cercado por sistemas construídos e estendido por meio de fronteiras e redes". As fronteiras, segundo ele, definem um espaço de invólucros e lugares, ao passo que as redes estabelecem um espaço de vínculos e fluxos.
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Nesse caldo pós-moderno de livros sobre tecnologias digitais, "Me ++" se destaca de forma maciça porém elegante, como uma arcologia de Paolo Soleri.
Fábio Fernandes
mais...http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2012&cd_materia=603
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