08 abril 2006

vida sustentável
PERMACULTURA .
'CULTURA PERMANENTE'

Lei da Permacultura (permanent agriculture), criada pelo Australiano Bill Mollison, que tem como princípios éticos:-


Cuidados com o planeta
Cuidados com as pessoas
Compartilhar excedentes (inclusive conhecimentos)
Limites ao consumo

O projeto permacultural envolve o planejamento, a implantação e a manutenção conscientes de ecossistemas produtivos que tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Ele resulta na integração harmoniosa entre as pessoas e a paisagem, provendo alimentação, energia e habitação, entre outras necessidades materiais e não materiais, de forma sustentável.

As técnicas que a pemacultura engloba são basicamente a bioarquitetura, a agroeconomia, energia renovável e saneamento ambiental.O Planeta Terra encontra-se em um momento crítico. Apesar da evolução rápida das tecnologias existentes, os nossos sistemas naturais estão em crise. Por toda a parte, constata-se a degradação ambiental em diversas formas.

O mundo perde bilhões de toneladas de solos férteis, anualmente. Os desertos continuam crescendo a uma velocidade ameaçadora. O abastecimento de energia e água potável para o futuro próximo está ameaçado, além de outros problemas generalizados que continuam se agravando, como as mudanças climáticas recentes ocasionadas pelo impacto do nosso consumo excessivo de combustíveis fósseis.Comparados com as monoculturas, sistemas altamente artificiais que nunca ocorrem na natureza, sistemas permaculturais que se aproximam da natureza não precisam de adubo, irrigação nem defensivos. Produzem séculos a fio e melhoram cada vez mais o solo, recuperando também o regime das águas da região.

A substituição de ecossistemas naturais, por monoculturas de plantações florestais em grande escala provocam geralmente impactos negativos: diminuição do recursos hídricos – reservas de água subterrânea e fluxo de água superficial; aumento do número e riscos de incêndios; redução da fertilidade do solo, modificando a estrutura e a composição aumentando a erosão e a compactação dos mesmos; alteração da rica e diversa fauna e flora da nossa região diminuindo drasticamente a biodiversidade; impacto social gerando mão de obra temporária, que no Brasil chamamos de bois frias. Ou seja, as empresas vão embora levando seus lucros e nós ficamos sem solo, e isto não um caso isolado aqui no Brasil, é sem duvida um problema mundial, que demanda novas atitudes com relação a estas ações sob pena de comprometermos a qualidade de vida das próximas gerações.

A diversificação garante a estabilidade e esta vem quando se fecham os ciclos, ou seja, quando uma parte do sistema sustenta outra; evita-se a necessidade de procurar insumos fora da propriedade, fortalecendo assim todo o sistema.

Todo sistema deve:
- produzir mais energia do que consome;
- produção para consumo local., evitando gastos em transporte- utilização das energias do lugar (gravidade, transporte animal, sol, vento, etc.);
- reciclagem dos dejetos, os fertilizantes industrializados são produzidos a partir do petróleo e exigem muitos gastos em transporte. Quando os insumos são produzidos localmente, evitam-se todos estes gastos.
- utilizando energias alternativas captadas no lugar: cozinhado com fogões solares e a lenha, biogás, painéis solares, etc.

A permacultura não é apenas uma técnica ou muito menos um pacote. É muito mais complexo que uma simples agricultura sem agrotóxicos, mais complexo que uma agricultura ecológica, ou sustentável, ou biodinâmica. É uma forma de viver que pode ou não envolver essas e outras técnicas. Ao mesmo tempo é muito mais simples por ser a conduta natural das coisas. Necessita apenas de uma observação sem máscaras, da natureza, sem pressa e com atenção. Sem preconceitos.

Os institutos associados estão localizados nos quatro principais ecossistemas brasileiros; no Cerrado, em Pirenópolis (GO), o Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (IPEC); na Amazônia, em Manaus (AM), o Instituto de Permacultura da Amazônia (IPA); na Mata Atlântica, em Florianópolis (SC), o Instituto de Permacultura Austro-Brasileiro (IPAB); e na Pampa, em Bagé (RS), o Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa (IPEP). As localizações de cada instituto visam a demonstração de soluções práticas e tecnológicas apropriadas às condições de cada ecossistema, tornando-os centros de referência regional.


Mais...http://www.permacultura.org.br/

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