O ordenamento das telecidades no ciberespaço
Prof. Dr. Carlos Alberto F. da Silva
Departamento de Geografia da UFF
Profª. Msc. Michéle Tancman Candido da Silva
Fundação CECIERJ
A análise da sociedade moderna até aqui desenvolvida sugere que estamos diante de um nova forma de produção social do espaço. Curioso é que a concepção materialista da geograficidade, desta virada de século, apresenta um sistema de relações sociais, expressas no ciberespaço, no qual o tempo real-instantâneo é um tempo sem tempo e a nova cotidianidade é destituída de espaço e matéria. A imagem-fluxo, a presentificação, a realidade virtual e as diversas possibilidades de comunicação on-line sugerem um novo ambiente, que alguns chamam de cidade eletrônica ou cidade digital, derivada das redes comunicacionais e informáticas.
Tais redes são o suporte estrutural para a duplicação da cidade real nas redes, a que Virilio (1993) chamou de telecidades. A cidade eletrônica é resultado de um conjunto de máquinas que interagem simultaneamente via rede de informática (internet, por exemplo), provocando um esvaziamento do espaço urbano e um investimento no tempo. Mas é, antes de tudo, não um lugar, e sim um processo caracterizado pelo predomínio do espaço de fluxos (Castells, 1999, p.423). Apesar de a economia e das relações sociais se processarem, majoritariamente, nas cidades reais (a produção, as trocas e a cultura de massa), cada vez mais temos a expansão de uma “cidade eletrônica” colocada pelas redes. Isso porque a telecidade incrementa a materialidade da economia capitalista via redes e sistemas interativos diversos. Logo, as redes e as telecidades possibilitam não só uma desterritorialização da sociabilidade, mas também uma desmaterialização de processos capitalistas de produção, circulação e consumo.
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/geo07c.htm
Prof. Dr. Carlos Alberto F. da Silva
Departamento de Geografia da UFF
Profª. Msc. Michéle Tancman Candido da Silva
Fundação CECIERJ
A análise da sociedade moderna até aqui desenvolvida sugere que estamos diante de um nova forma de produção social do espaço. Curioso é que a concepção materialista da geograficidade, desta virada de século, apresenta um sistema de relações sociais, expressas no ciberespaço, no qual o tempo real-instantâneo é um tempo sem tempo e a nova cotidianidade é destituída de espaço e matéria. A imagem-fluxo, a presentificação, a realidade virtual e as diversas possibilidades de comunicação on-line sugerem um novo ambiente, que alguns chamam de cidade eletrônica ou cidade digital, derivada das redes comunicacionais e informáticas.
Tais redes são o suporte estrutural para a duplicação da cidade real nas redes, a que Virilio (1993) chamou de telecidades. A cidade eletrônica é resultado de um conjunto de máquinas que interagem simultaneamente via rede de informática (internet, por exemplo), provocando um esvaziamento do espaço urbano e um investimento no tempo. Mas é, antes de tudo, não um lugar, e sim um processo caracterizado pelo predomínio do espaço de fluxos (Castells, 1999, p.423). Apesar de a economia e das relações sociais se processarem, majoritariamente, nas cidades reais (a produção, as trocas e a cultura de massa), cada vez mais temos a expansão de uma “cidade eletrônica” colocada pelas redes. Isso porque a telecidade incrementa a materialidade da economia capitalista via redes e sistemas interativos diversos. Logo, as redes e as telecidades possibilitam não só uma desterritorialização da sociabilidade, mas também uma desmaterialização de processos capitalistas de produção, circulação e consumo.
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/geo07c.htm